Nunca acreditei em EAD (Educação à distância), pois penso que as pessoas que fazem estes cursos oferecidos por esta modalidade de ensino não adquirem o conhecimento desejado das disciplinas oferecidas, pois nesse modo de ensino na aprendizagem não existe o contato diário com o professor e aluno prevalece,
A ruptura com o modelo de professor tradicional, transmissor do saber, e a tendência cada vez mais forte dele torna-se o parceiro no processo de construção do conhecimento. Neide Sobral (2007)
Por isso sinto certa ressalva em assimilar tal modalidade de ensino, mas procurando quebrar o pré - conceito fui à busca da História do EAD no Brasil e pude ver que ela surgiu na década de XX como aponta Silva Rocha (2007)
O marco inicial de EAD no Brasil é considerado a criação em 20 de Abril de 1923, por Roquete Pinto e Henry Morize, Cientistas e pesquisadores da academia Brasileira de ciências, da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro e, com ela, a implantação de um plano sistemático educacional, levar educação e cultura a todos lares brasileiros eram os objetivos.
Daí a EAD segue sua trajetória radio, impresso TVs e PCs com vários projetos de educação pelo rádio destacando-se o de Anísio Teixeira com o projeto Rádio Escolar com praticante todos os cursos de ensino fundamental e médio como destaca Florisvaldo Silva (2007) que desencadeia a educação por correspondência modalidade caracterizada geralmente, pelo envio e recebimentos de material instrucional por via postal. O terceiro a TV trouxe as imagens visual para auxiliar na formação de professores nas escolas que segundo Berger,
Exige o enfrentamento de inúmeros obstáculos. Além das escolas não estarem preparadas para lidarem com a descentralização das decisões tão presente no modelo neoliberal, essa forma de agir terminar por proporcionar “medo”, entre seus atores.
Além do que Berger já alerta que na TV escola os gastos de instalação, manutenção e segurança dos equipamentos, infra - estrutura envolvendo recursos humanos e físicos era de responsabilidade dos municípios, o que foi um aspecto que comprometeu o êxito do projeto. O que me leva a pensar nas palavras de Carlos Aberto,
É preciso esclarecer que baixo custo talvez seja a operacionalização, pois a implantação de uma rede de alta velocidade que suporta em tempo real videoconferências com boas resoluções no ensino a distancia, entre outro o certo ainda é muito alto e não encontrar ressonância numa verdadeira política de educação publica que priorize a formação de homem como trabalhador, pesquisado e cidadão, que construa seus conhecimentos não só a partir das oportunidades propiciados por usos tecnológicos, mas também pelas mediações de professores e sua aprendizagem.
Com isso quero dizer que hoje com nova roupagem a EAD ganha destaque na oferta de ensino superior ao tempo em que é alvo de acirrados debates quanto a sua qualidade de ensino e quantidade de ofertas e seu custo operacional. Pontos que tentarei abordar no decorrer deste artigo, O primeiro é qualidade em ensino,que segundo Moran,
O ensino de qualidade envolve muitas variáveis:
• Organização inovadora, aberta, dinâmica. Projeto pedagógico participativo.
• Docentes bem preparados intelectual, emocional, comunicacional e eticamente. Bem remunerados, motivados e com boas condições profissionais.
• Relação efetiva entre professores e alunos que permita conhecê-los, acompanhá-los, orientá-los.
• Infra-estrutura adequada, atualizada, confortável. Tecnologias acessíveis, rápidas e renovadas.
• Alunos motivados, preparados intelectual e emocionalmente, com capacidade de gerenciamento pessoal e grupal.
Por isso se consideramos as variáveis apontadas por Moran o ensino á distancia de qualidade será utópico, somente se for gerido pelo poder público, pois analisando á história da educação a distancia no Brasil já vimos “com a TV escola não deu certo” onde o custo de transmissão e equipamentos é muito baixo por ser um canal aberto, ao contrário da tecnologia computacional que avança digamos que a cada segundo e requer atualização permanente com,
o desenvolvimento de uma cultura tecnológica que promova a atuação dos profissionais em ambientes virtuais. Trata-se de estruturar equipes interdisciplinares constituídas por educadores, profissionais de design, programação e desenvolvimento de ambientes computacionais para EAD, com competência na criação, gerenciamento e uso desses ambientes.Bianconcini(2002)
Quanto a quantidade de acesso ao ensino superior já estar comprovada pelo MEC com um aumento de mais de 100% nesta oferta de ensino de 2001à 2008. Isso devido as políticas públicas do atual presidente do Brasil a qual versa sobre inclusão social que gerou o aumento no acesso as universidades e falta de profissionais que dominem as disciplinas oferecidas e as TICs nesta modalidade de ensino. Fazendo com que o custo operacional consista em qualificação permanente dos professores e atualização constante dos microcomputadores.
Referencias bibliográficas:
Livros
VASCONCELOS, Juliene Silva. Capitulo 9 A educação a Distancia/EAD e o Contexto educacional brasileiro Pós LDB.In Silva, Maria,Vieira.MARQUES,Maria Rúbia marques Alves.(ONGs.) LDB:balanços e perspectivas. Campinas, SP: Ed.Alinea,2008. P.205-222SILVA, Maria Neide Sobral. Educação á distancia. Educação sem distanciacopyright2007. P, 08-80
ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini de. (2002).P 2 Educação à distancia no Brasil: diretrizes políticas, fundamentos e práticas
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